Todos nós, brasileiros de bom senso, ficamos horrorizados com a elevadíssima onda de violência que ataca o Brasil de canto a canto, principalmente em cidades como Rio e São Paulo. E o mais preocupante é que todas as classes sociais são atingidas. A situação ficou tão alarmante, com o medo tomando conta das pessoas, que foi criado recentemente em São Paulo o Instituto São Paulo contra a Violência, uma organização de empresários que está bancando um projeto de apoio á questão da segurança.
São incontáveis os homens e mulheres que diariamente sofrem atentados à sua integridade física nas ruas de São Paulo. Segundo boletim da Escola Paulista de Medicina, quase 30 médicos foram assassinados em 1999 em plena atividade profissional, saindo de seus consultórios, na porta de hospitais ou parados nos semáforos. Os dados são realmente impressionantes.
De fato, somos um país violento. E não é de agora. Não dá para saber se o Brasil hoje é mais violento do que no passado. O que podemos afirmar é que no passado a questão da violência não era pública e, sim privada. Ela ficava restrita ao âmbito das pessoas envolvidas. O escritor Sérgio Buarque de Holanda em seu livro Raízes do Brasil, narra uma série de fatos dessa natureza.
Atualmente, a violência se tornou uma questão pública de inquietação, que atinge os mais diferentes segmentos da sociedade – a classe média, os mais ricos, os populares e os trabalhadores de um modo geral. Os antropólogos e historiadores alegam que por questões culturais não é fácil mudar essa característica de violência do povo brasileiro. Temos, porém, que mudar esse perfil. As análises estão mostrando que um segmento da sociedade brasileira é potencialmente mais vulnerável a essa violência fatal, ao homicídio doloso – em que há o interesse de matar. Suas vítimas estão na faixa de 17 a 23 anos. No ano de 99 perdemos milhares de brasileiros como se estivéssemos numa verdadeira guerra.
O maior desafio da democracia atual é que ela não conseguiu garantir o direito à vida para todos de modo idêntico, o que é extremamente intrigante. A impunidade constante levou o povo brasileiro a ficar descrente da polícia e da justiça e a ter medo e agir com as próprias mãos. Isso num crescendo constante, o que levou a situação atual. O ideal seria que brancos, negros, pobres, ricos, homens, mulheres, diplomados ou não, tivessem a punição devida por delitos praticados.
Precisamos de uma sociedade que proteja as pessoas, de uma sociedade justa. E proteção está relacionada com segurança.
Apesar de todo o progresso que o mundo assistiu até agora, os seres humanos continuam inclinados a agir com agressividade em reação aos seus semelhantes. E a pobreza contribui para aumentar esse quadro? Não. Pesquisas recentes feitas nos Estados Unidos vieram mostrar que a maioria dos assassinatos ali acontecidos foram e continuam sendo praticados por pessoas economicamente bem situadas.
Os atos de violência, de crueldade, os assaltos, os seqüestros, os estupros, a maldade enfim, enquadram-se como patologias da alma. Vamos esperar que a curto prazo medidas sejam tomadas, como a proibição no uso de armas e sua fabricação no Brasil, que o Ministério Público, juizes, promotores, policiais civis e militares e a sociedade de um modo geral, unidos, dêem as mãos buscando soluções práticas para que o povo brasileiro viva sua vida com absoluta paz de espírito.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Dr. Milton Hênio, saudações.
Gostaria de entrar em contato com o senhor. Caso seja possível, escreva para walter.karwatzki@gmail.com
Atenciosamente,
Walter Karwatzki
Tio Milton, chamo-me Sony Kleyde fui sua paciente desde quando nasci até quase a adolecência, hj tenho 29 anos e moro em Portugal, fui Mãe dia 28/02 de uma menininha linda, que chama-se Sofia, tenho muitas dúvidas, inclusive porque minha Princesinha tem um soprinho no coração e só confio na sua opinião profissional!Gostaria imenso de poder trocar emails consigo, por isso peço-lhe que, se possível, envie-me o seu e-mail para sonykbs@hotmail.com pois preciso da sua ajuda.Agradeço desde já.Um grande abraço. Sony
Drº Milton Hênio, sou Andreia de Palmeira dos Índios ,mãe da pequena Lays( sua fã e cliente).
agradeço-lhe pelo precioso presente o livro"Aos domingos2Estou lendo cada tema atentamente e refletindo as suas sábias palavras que são bastante edificantes.
Tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre essa pessoa iluminada que sempre transmitir paz, segurança e luz a todos que o rodeiam.
Parabéns por te sido um escolhido do Senhor para desempenhar essa missão grandiosa na terra.
Nos alagoamos temos grande orgulho do senhor!
Um abraço!
andreia.ricardo@bol.com.br
Postar um comentário