Dezembro é o mês da família. Precisamente o dia 08. A família é e será sempre a base, a estrutura na qual a criança fincará sólidas raízes para um futuro feliz. Uma família desestruturada representa para uma criança um profundo golpe em sua base espiritual, influenciando decisivamente em sua vida futura. Romain Rolland, o grande escritor francês, dizia: “o vinho guarda o aroma do primeiro tonel e a criança carrega para sempre os tormentos de uma infância infeliz”.
A criança de hoje “amadureceu” muito depressa graças aos meios de comunicação e o adolescente dos dias atuais enfrenta uma verdadeira batalha de prazeres onde, em todas as regiões do mundo se agitam as bandeiras do consumismo, das drogas, do individualismo. Essas bandeiras ficam agitadas em fazer de tudo, menos em favor do próprio homem como ser pensante, como fração do universo, que possui sentimento, afeto, honra, ideal e elevação moral.
A pedra angular na construção de um mundo mais humano é a família. A criança, desde o nascimento até a fase da adolescência, tem nos pais o exemplo para um comportamento ético e uma vida futura equilibrada. Porém, infelizmente, existem muitos tipos de pais que desorganizam seu lares graças aos seus temperamentos; há pais agressivos, indiferentes, alcoolizados, sádicos, egoístas e uma série de outros tipos que só um Balzac poderia descrever. Em todos esses casos as crianças sofrem profundamente quando as pessoas a quem elas mais amam se degladiam em sua frente concorrendo para seus desajustes futuros. Dentro da família a criança não precisa só de comida e agasalho porque “não só de pão vive o homem”, mas principalmente de amor, princípio fundamental para uma vida equilibrada. Dessa forma é que ela adquire o ideal da auto-afirmação, da autovalorização, através do discernimento, do estudo, da inteligência cultivada. Não basta nascer ou viver, é necessário encontrar dentro da família algo que justifique o objetivo de vida tentando responder de forma angustiada ao enigma do “por que” e “para que” nasci.
Assim, desejamos que a família cada vez mais se fortaleça, como um núcleo de absoluta felicidade para que as gerações futuras possam encontrar nesta caminhada soluções pacíficas para um mundo tão cheio de conflitos e de confrontos. Caso isso não ocorra os pais atônitos irão perguntar: “para onde eu vou?.” E os filhos angustiados também perguntarão: “para onde me levam?” Se não houver resposta imediata só o futuro responderá a todos.
Há uma canção chamada UTOPIA que resume muito bem o que seja uma família. Eu vivi pessoalmente essa maravilha durante a minha infância e hoje tenho uma linda família e procuro através dos filhos e netos mostrar-lhes o valor de uma família unida e feliz.
“Das muitas coisas do meu tempo de criança / guardo viva na lembrança / o aconchego do meu lar / no fim da tarde quando tudo se aquietava / a família se juntava lá no alpendre a conversar . / Eu tantas vezes vi meu pai chegar cansado / mas aquilo era sagrado / um por um ele afagava / e perguntava quem fizera estripulia / a mamãe nos defendia e tudo aos poucos se ajeitava / todo mundo então queria que papai cantasse com a gente / desafinado, meio rouco e voz cansada / ele cantava mil toadas olhando tristonho o céu poente. / Correu o tempo e hoje eu vejo a maravilha / de se ter uma família quando tantos não a têm. / Agora falam de desquite ou de divórcio / o amor virou consórcio compromisso de ninguém / há tantos filhos que bem mais que um palácio / gostariam de um abraço e do carinho de seus pais / chame a isso de UTOPIA e eu a isso chamo de PAZ. “.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
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