Vivemos atualmente em um mundo complicado, complexo e de grandes dificuldades para os pais que desejam oferecer uma educação digna e promissora aos filhos. A sociedade substituindo a família, lhe retira toda a sua segurança. Os pais são possuídos de múltiplas dúvidas e algumas os deixam completamente desprevenidos de recursos.
Tal é a situação que a família contemporânea convive, numa sociedade que lhe retira os filhos de casa para mergulhá-los numa civilização altamente problemática. A inquietude dos pais é evidente. O que devemos fazer? Como devemos agir? Na verdade não se sabe mais o que fazer. É exatamente o que assistimos todos os dias quando floresce o flagelo terrível e doloroso das drogas no meio da juventude.
Antigamente a droga era objeto de opção pessoal. O caminho que a ela conduzia era fruto de um clima psicopatológico de uma anormalidade. Hoje, não, a droga se tornou um simples objeto de consumo como se tratasse de uma mercadoria qualquer. O traficante, que é caso de policia, vê na juventude, pela fraqueza da idade, o alvo ideal. E o que vemos? Nações inteiras minadas por ela, destruindo vidas numa fase em que os projetos estão se formando em sua caminhada terrena. É uma lástima!
A droga é um grave problema que afeta a todos nós, tornando uma preocupação constante para quem tem filhos e netos. Em quase todos os congressos e encontros médicos que participei, sempre existem debates sobre esse tema que angustia a grande família brasileira e mundial. E nos preocupamos porque o tóxico se alastra como uma epidemia e não há a menor dúvida de que existe uma grande relação entre família e filhos drogados. Porém o que mais nos preocupa, entre pais e avós é que muitas vezes a família é bem constituída, o casal é feliz, o ambiente é excelente e no entanto estoura como um trovão um caso com o jovem ou uma jovem que a despeito de uma estrutura espiritual, perdeu-se no caminho dos tóxicos. Padre Chaborneax já dizia há algum tempo que estamos “num mundo quebrado”. Imagine se ele vivo fosse hoje. Entre os inúmeros motivos que o jovem tem para usar drogas citamos a onda de consumismo, de aparecer, de bens materiais e que modificam a sua personalidade. Daí o diálogo intenso que é exigido nos dias de hoje entre pais e filhos, para que eles sintam a necessidade de um bom comportamento e de uma vivência dentro dos limites. Em detrimento de modos saudáveis de viver, substituem com freqüência ideais puros por outros irreais como força, vigor, domínio e etc, atrelados à idéia de um prazer imediato, de “curtição” da vida”. Levados pelo estimulo de maus companheiros, que em geral são frutos de lares desajustados, muitos jovens para não ficarem por baixo são iludidos por essa turminha mal educada. E então, caem no vício. Resultado, como se trata de uma ilusão, após as primeiras experiências de sensação de prazer surge a sensação do desprazer, do desperdício e da marginalização. E aí está o jovem perdido. A droga é uma viagem sem volta. Lesa os bilhões de neurônios do cérebro e que depois de agredidos repetidas vezes por essas substâncias tóxicas, ficam lesados com difícil recuperação. No Brasil temos atualmente, segundo as pesquisas, mais de 4 milhões de jovens imprestáveis em decorrência das drogas. E aí o jovem vive sem viver e ama sem amar.
Portanto, o problema das drogas tem múltiplas facetas. Porém, inegavelmente, a estrutura familiar, mais do que nunca, é o ponto de referencia, o ponto de apoio para que o jovem adolescente saiba dizer não na hora de ser tentado.
O homem vive sempre em busca da felicidade, de um paraíso. Que o paraíso dos seus filhos, sejam vocês, pais cuidadosos, que fortaleçam a caminhada deles.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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