segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

EDUCAÇÃO COM AMOR

O desejo mais profundo que um pai ou uma mãe tem pelo filho é vê-lo feliz,ter sucesso na vida, enfim, batalhar para que ele viva em plenitude. Porem, todas essas conquistas não deve existir só no plano material. As crianças precisam ser orientadas desde pequenas pelos pais para que associem ao sucesso objetivos espirituais que incluem a capacidade de amar, de ser solidário, de ser compreensivo, de ser paciente, enfim, de dar um sentido de felicidade interior à vida. Isso vai ajudá-lo muita a encontrar um bom caminho num mundo cheio de egoísmo e de confrontos. Porem, isso só conseguiremos com uma educação repleta de amor.

Sentir-se amado é uma necessidade em qualquer idade, um verdadeiro alimento para nossa auto-estima e segurança. Mas na infância, principalmente nos primeiros anos de vida, ser amado significa um passaporte para a vida. As demonstrações de carinhos partidas dos pais no convívio diário com os filhos funcionam como um sinal verde, para mostrar-lhes que não é atoa que eles estão no mundo e devem ter uma existência condigna nessa caminhada terrena. Existe um ser adormecido dentro de cada criança. Há regras para tudo na convivência social ou em família. E o amor também tem as suas. Se você quer ter um bom relacionamento com o seu filho não se imponha pelo terror, não recrimine demais, saiba que criticas fazem o amor murchar, mostre o seu amor e também o seu mal-humor dentro dos limites.

Para a criança a pior coisa que existe é a indiferença. Até os 12 anos de idade procure de toda forma voltar-se para seu filho, dando-lhe companhia, atenção e fazendo-se sempre seu amigo. É um período muito curto, mas de notável importância nesse entrosamento dos pais com os filhos, porque depois dos 13 anos eles preferem a companhia dos amigos, de sua turminha.

Tente disfarçar sua raiva sempre que possível, com gestos de afeto. Não humilhe nem hostilize jamais uma criança por alguma falta cometida, dando-lhe a impressão de que o amor entre vocês foi extinto.

Muito se tem falado da educação moderna, da vida dos jovens nos dias atuais, da juventude indisciplinada. Educar nos dias atuais é uma tarefa difícil, realmente. As crianças começam, hoje mais cedo a entrar em contato com a vida, pois os acontecimentos nos invade a casa através da televisão, do rádio e das revistas. Condicionados pela mídia, pelas ilusões vendidas e estimuladas pelos companheiros de colégio, seus filhos vão crescendo e necessitando cada vez mais de sua presença através do dialogo, de suas orientações, para que não se percam. Os hábitos da vida, o respeito aos mais velhos, aos mestres, as reuniões em família, muita coisa, enfim, que nos era tão cara, se modificou e quase desapareceu. Transformou-se de maneira evidente o modo de viver me todas as classes sociais, e assim ficou difícil educar os filhos nos dias que correm. A própria família sofre esse impacto do mundo moderno: aumento da população, salários insuficientes, levando aos pais a uma certa angustia e perda do equilíbrio emocional, pais que trabalham fora de casa, deixando a criança o dia inteiro com a babá, com o vizinho ou na creche. Não existe tempo, dessa forma, para aquela convivência salutar e benéfica da criança com os pais. Eu reconheço que o problema é complicado porque a sobrevivência exige essa ausência. Dentro do possível, façam todo o esforço para que seus filhos cresçam sabendo que estão sendo amados. Mesmo os casais que se separam têm o dever de mostrar isso as crianças que ficam inseguras depois da separação.

Goeth há muitos anos já dizia: “As crianças cresceriam felizes se os pais assim o fossem”. Tenho certeza – o ambiente de felicidade que vive uma criança, quer seja numa choupana ou num palácio, é o responsável por adulto feliz, porque a felicidade não depende daquilo que temos, mas daquilo que somos.

A DROGA E A JUVENTUDE

Vivemos atualmente em um mundo complicado, complexo e de grandes dificuldades para os pais que desejam oferecer uma educação digna e promissora aos filhos. A sociedade substituindo a família, lhe retira toda a sua segurança. Os pais são possuídos de múltiplas dúvidas e algumas os deixam completamente desprevenidos de recursos.

Tal é a situação que a família contemporânea convive, numa sociedade que lhe retira os filhos de casa para mergulhá-los numa civilização altamente problemática. A inquietude dos pais é evidente. O que devemos fazer? Como devemos agir? Na verdade não se sabe mais o que fazer. É exatamente o que assistimos todos os dias quando floresce o flagelo terrível e doloroso das drogas no meio da juventude.

Antigamente a droga era objeto de opção pessoal. O caminho que a ela conduzia era fruto de um clima psicopatológico de uma anormalidade. Hoje, não, a droga se tornou um simples objeto de consumo como se tratasse de uma mercadoria qualquer. O traficante, que é caso de policia, vê na juventude, pela fraqueza da idade, o alvo ideal. E o que vemos? Nações inteiras minadas por ela, destruindo vidas numa fase em que os projetos estão se formando em sua caminhada terrena. É uma lástima!

A droga é um grave problema que afeta a todos nós, tornando uma preocupação constante para quem tem filhos e netos. Em quase todos os congressos e encontros médicos que participei, sempre existem debates sobre esse tema que angustia a grande família brasileira e mundial. E nos preocupamos porque o tóxico se alastra como uma epidemia e não há a menor dúvida de que existe uma grande relação entre família e filhos drogados. Porém o que mais nos preocupa, entre pais e avós é que muitas vezes a família é bem constituída, o casal é feliz, o ambiente é excelente e no entanto estoura como um trovão um caso com o jovem ou uma jovem que a despeito de uma estrutura espiritual, perdeu-se no caminho dos tóxicos. Padre Chaborneax já dizia há algum tempo que estamos “num mundo quebrado”. Imagine se ele vivo fosse hoje. Entre os inúmeros motivos que o jovem tem para usar drogas citamos a onda de consumismo, de aparecer, de bens materiais e que modificam a sua personalidade. Daí o diálogo intenso que é exigido nos dias de hoje entre pais e filhos, para que eles sintam a necessidade de um bom comportamento e de uma vivência dentro dos limites. Em detrimento de modos saudáveis de viver, substituem com freqüência ideais puros por outros irreais como força, vigor, domínio e etc, atrelados à idéia de um prazer imediato, de “curtição” da vida”. Levados pelo estimulo de maus companheiros, que em geral são frutos de lares desajustados, muitos jovens para não ficarem por baixo são iludidos por essa turminha mal educada. E então, caem no vício. Resultado, como se trata de uma ilusão, após as primeiras experiências de sensação de prazer surge a sensação do desprazer, do desperdício e da marginalização. E aí está o jovem perdido. A droga é uma viagem sem volta. Lesa os bilhões de neurônios do cérebro e que depois de agredidos repetidas vezes por essas substâncias tóxicas, ficam lesados com difícil recuperação. No Brasil temos atualmente, segundo as pesquisas, mais de 4 milhões de jovens imprestáveis em decorrência das drogas. E aí o jovem vive sem viver e ama sem amar.

Portanto, o problema das drogas tem múltiplas facetas. Porém, inegavelmente, a estrutura familiar, mais do que nunca, é o ponto de referencia, o ponto de apoio para que o jovem adolescente saiba dizer não na hora de ser tentado.

O homem vive sempre em busca da felicidade, de um paraíso. Que o paraíso dos seus filhos, sejam vocês, pais cuidadosos, que fortaleçam a caminhada deles.

OS MUTILADOS DO TRANSITO

Em recente encontro médico realizado na cidade de Goiânia, fiquei impressionado com a exposição de um colega do Hospital das Clinicas de São Paulo, mostrando a quantidade de jovens mutilados por acidentes de motos e automóveis, que diariamente chega aquele hospital. Nos mostrou, numa grande sala de recuperação, jovens entre 18 e 24 anos com pernas e mãos amputadas, lesões de medula, fraturas de crânio, etc.. Pareciam mais recuperados de uma guerra, de um grande bombardeio.

Tudo resultado de momentos de irresponsabilidade, de imaturidade e alcoolismo. Quantas vidas preciosas bruscamente freadas! No final deste encontro a conclusão foi de entristecer: a situação tende a piorar. Por que, perguntarão vocês? Porque o numero de automóveis aumenta todos os anos, assim como o volume de desajustados, de drogados e de inabilitados para dirigir. O Brasil é um país em que não há leis que possam punir severamente os irresponsáveis do transito. Salve-se quem puder. Todo esse panorama concorre para aumentar todos os dias a grande legião dos que choram pelos filhos que morrem ou que ficam mutilados.

Existem atualmente em nosso País 500 mil alcoólatras registrados em instituições, conforme dados fornecidos pela Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes. Desses, 50% possuem automóvel e dirigem normalmente.

De que modo cada um pode concorrer para melhorar tal situação? Tendo a consciência da responsabilidade ao montar numa moto ou dirigir um carro. Precisamos humanizar as cidades, as pessoas, a medicina e a saúde. Essas pessoas uma vez hospitalizadas, custam caríssimo aos cofres da Previdência e a família, porque são tratadas durante longo tempo por um conjunto de especialistas que vai do cirurgião ao psicólogo. Vamos humanizar nossas vidas; é a única solução. E isso não é fácil no mundo de hoje. Porém vamos tentar sempre, do contrário seremos atropelados em cada esquina. Requer que se veja no próximo um companheiro e não um inimigo. Requer que a solidariedade seja construída na consideração e no apreço. Tudo se apreende na vida, menos a viver. Vamos crescendo, olhando uns para os outros, aprendendo uns com os outros e cometendo erros sobre erros. Com a ajuda de todos aqueles que têm partículas de poder, clubes de serviços, imprensa, vamos também conscientizar os adolescente, os adulto, os alcoólatras que a vida é bela e merece ser vivida em toda sua plenitude.

A CORRIDA DO TEMPO

O ano de 2007 está se despedindo. Dentro de poucas horas um novo ano estará batendo em nossa porta. Vem trazendo, como é natural, expectativas, esperanças e sonhos. Quando vivemos os últimos momentos do ano que se vai e, ao mesmo tempo, as primeiras esperanças do dia que chega, sentimos como se estivéssemos girando no carrossel do tempo. Parece que estamos cortando uma linha divisória que o homem estabeleceu como marco simbólico para medir os seus atos e a sua própria vida. É o término de um pedaço da vida e o começo de outra. Partindo com 2007 vão também os projetos não realizados, os conflitos sociais, os dramas na corrupção política que enojaram o povo alagoano e brasileiro, atos freqüentes de violência espalhados por nosso querido Brasil, enfim, fatos que deixaram marcas para sempre.

A maioria do povo tem pago caro pelo simples fato de querer viver com dignidade.
2007 se despede. É a estação da parada para se aferir os prós e os contras dessa nossa viagem terrena. Nesta hora do reencontro do passado com o futuro, não é para se lastimar o que ficou ao longo do caminho percorrido, nem sofrer por um sonho desfeito ou não realizado, mas ressuscitar esperanças, reconsiderar erros, resgatar injustiças.

Os anos chegam e se vão como a nossa própria vida. E nessa marcha e contramarcha do tempo, o homem vai sempre buscando o caminho da felicidade e muitos se perdem seguindo por caminhos errados. Na vida melhor faz quem sabe escolher a estrada sem curvas e sem atalhos. A vida é feita de momentos. Com a ajuda de Deus vamos tentar viver momentos de alegria, de satisfação no ano que vem chegando. A razão maior de viver não está apenas dentro de nós, mas o que esperam de nós os desafios da vida.

Seja quais forem as alternativas que a vida lhe oferece, caro leitor, contemple cada dia do novo ano, com o olhar ardente da fé. E para o ano de 2007 que está partindo o meu adeus sem ressentimentos.

Ano Novo. Aceitar os desafios da vida é a solução. Procurar a felicidade é a meta de todas as pessoas. O poeta Vicente de Carvalho disse que nós não alcançamos a felicidade “porque está sempre apenas onde a pomos e nunca a pomos onde nós estamos”. O admirável é o que o homem continue lutando apesar de tudo e que, desiludido ou triste, cansado ou enfermo, continue traçando caminhos, arando a terra, lutando com os elementos e até criando obras de beleza no meio a um mundo bastante hostil, como diz o escritor Sabato.

Apesar de tudo, neste mar difícil que é o mundo, é preciso navegar e jamais deixar cair os remos do barco da vida.

VIVER O PRESENTE

Sem dúvida o que nos preocupa hoje é o futuro. Qual o nosso destino? O que nos espera? Qual o rumo que o mundo irá seguir em meio a tantos obstáculos? E o nosso querido Brasil, como ficará com tantas dívidas daqui por diante? Em todas as profissões, em qualquer ramo de negócios, o brasileiro tem que viver atualmente com os pés no chão, pensando no futuro. Caso haja realmente a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, pois é uma obsessão do Bush, o dinheiro certamente ficará bem mais curto na mão do brasileiro e o povo mais empobrecido.

Porém, a grande responsabilidade nossa, que temos família, filhos e netos, é com o presente deles na vida de hoje. Lembre-se, você que é pai jovem, pai de adolescentes: o futuro é a colheita do que você plantou e está plantando agora. A vida é cheia de mistérios que apronta uma surpresa em cada esquina, porém você programando a sua vida dentro dos seus limites, orientando seus filhos dentro de uma educação com amor, com diálogo, com espiritualidade, dando-lhe uma liberdade vigiada, com ética, é provável que você, no futuro, colherá os frutos desse seu comportamento. Os filhos não podem crescer e ser vitoriosos se não tiverem uma boa base afetiva. Em um mundo competitivo como o de hoje, ninguém quer saber se o jovem é rico ou pobre, mas se ele é capaz, se ele tem uma conduta perfeita. A globalização do mundo está exigindo isso.

A cultura consumista do nosso tempo, do século atual, dos nossos dias, associa muito a felicidade à posse de bens materiais, como carros, roupas, jóias, casas de luxo, poder, etc. E o pior é que muita gente pensa que a felicidade é o prazer físico do momento, deixando de lado a paz interior e a parte afetiva da vida. Esquece do futuro.

Gosto muito do Eclesiastes porque nos oferece uma sabedoria extraordinária. Está escrito lá: “Há um tempo para plantar e outro para colher.” Essa colheita é lenta, vagarosa. Como as plantas, os filhos também precisam de tempo para crescer, germinar e frutificar. Porém eles têm que ser adubados hoje, com a educação e o amor indispensáveis para uma estrutura emocional equilibrada no futuro.

O ser humano assemelha-se a um bambu que há na China: durante os vinte primeiros anos de vida ele cresce poucos centímetros; porém nos dois anos seguintes ele cresce vinte centímetros. Assim, os filhos só podem ser vitoriosos no futuro se forem bem educados hoje. Mesmo os filhos de pais separados têm que crescer sabendo que são amados para serem felizes.

No mundo de hoje quase tudo é descartável. Nos supermercados vemos que quase tudo. Porém gente é diferente; precisa de estima, de amizade, para continuar vivendo bem. As crianças que hoje são violentadas, agredidas por pais ou padrastos sádicos, terão um futuro sombrio.

O futuro do nosso país será melhor se os nossos dirigentes, os nossos políticos, vivenciarem bem, com equilíbrio, sem egoísmo, o momento presente, porque o futuro é construído hoje. Meu avô sempre dizia: “O futuro a Deus pertence.” É verdade, mas temos que pensar muito bem hoje para que possamos ter um futuro feliz, de tranqüilidade.

A PAUSA QUE RELAXA

Nas atividades da vida diária, o nosso organismo fica às vezes cansado ao longo do dia. É que no mundo moderno a velocidade tornou-se uma rotina e o homem fica angustiado em tentar resolver os seus problemas correndo, sem tempo suficiente. Problemas no trabalho, trânsito intenso e demorado, buzinadas em excesso e ainda a bronca do chefe por você ter chegado atrasado. Por cima, as preocupações com a família, com as contas a pagar e a violência urbana sem controle. Daí uma boa parte da população viver sem paciência com os filhos, com as filas dos bancos e dos supermercados. Essas e outras situações desgastantes são comuns na vida de qualquer cidadão que vive neste mundo moderno. E as pessoas vivem sem ter tempo para um pequeno relaxamento. Resultado: a tensão vai se acumulando e chega um momento em que você pensa em jogar tudo fora, mudar de vida por querer a paz.

Eliminar o estresse é difícil. Cada um tem seus problemas e o seu temperamento, mas vai poder diminuí-lo bastante se souber encontrar pausas que possam relaxar. É só tentar ocupar direito o seu tempo com pequenas coisas que lhe tragam prazer. São apenas minutos, mas que promovem um bem-estar imenso ao seu organismo. Se você é dessas pessoas que está sempre tensa, que vive perdendo a cabeça por qualquer motivo, que se deixa levar pela correnteza, pare um pouco, reflita e veja como pode usar alternativas que lhe traga felicidade. Não deixe que lhe roubem o tempo que é seu.

Aproveite os minutos disponíveis e relaxe, ouvindo uma boa música no seu carro, respirando profundamente ao amanhecer do dia, descansando em baixo de uma árvore, enfim, promovendo os meios de seu organismo liberar as endorfinas (substâncias protetoras dos órgãos e liberadas pelo organismo com a mente tranqüila). Vamos caminhar, caro leitor, com bons pensamentos. Ao menos vamos tentar no meio de tantos obstáculos. Cada um encara a vida de uma maneira e concebe a felicidade de um modo pessoal.

Há poucos dias perdi um excelente companheiro da Academia Alagoana de Letras, o escritor e poeta Francisco Valois. Vivia sempre tranqüilo como quem carrega a paz consigo, entretanto, ao seu lado permanecia um inimigo constante como ele afirmava, o cigarro. Poderia ter vivido muito mais pela calma que possuía, porem o desgaste do seu organismo foi imenso pela nicotina.

Assim, devemos viver afastando as causas estressantes que promovem danos ao nosso organismo e pedindo a Deus: “Senhor, dai-me a serenidade para suportar as coisas que eu não posso mudar”.